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Ramo de Flores:Acompanhado de varias criticas das Flores do Campo

Acompanhado de varias criticas das Flores do Campo

9781465569653
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Library of Alexandria
Overview
Vi-te uma vez e (novo Extranho caso foi!) Por entre tanto povo… Tanta mulher… Suppõe Que mãe estremecida Via o seu filho andar Sobre muralha erguida, Onde o fizesse ir dar Aquelle remoinho, Aquella inquietação D'um pobre innocentinho Ainda sem razão! E ora estendendo os braços… Ora apertando as mãos… Vendo-lhe o gesto, os passos, Quantos esforços vãos, O triste na cimalha Faz por voltar atraz… Sem vêr como lhe valha! A vêr o que elle faz! Pallida, exhausta, muda, Os olhos uns tições, Com que, a tremer, lhe estuda As mesmas pulsações… (Porque não é mais fundo O mar no equador, Nem é todo este mundo Maior do que esse amor! Mais vasto, largo e extenso Todo esse céo tambem Do que o amor immenso D'um coração de mãe!) Assim, n'essa agonia… N'essa intima avidez… É que entre os mais te eu ia Seguindo d'essa vez! Porque te adoro!… a ponto, Que ainda hoje, crê! Escuto e oiço e conto Os grãos de arêa até, Que tu, mulher! andando Fazias estalar Já mesmo longe e… quando Deixei de te avistar! II Os olhos são D'uma expressão! Que linda bôca! O pé nem toca, De leve, o chão! Aquelle pé De leve até Nem se elle sente! E sente a gente Não sei o que é… E a graça, o ar, D'aquelle a andar! Que véla passa Com tanta graça Á flôr do mar! Os olhos vêr Um só volver De olhar tão dôce, Que mais não fosse… Era morrer! Os dentes sãos E tão irmãos E tão luzentes! Que bellos dentes! Que lindas mãos! III